Foto de Rodrigo Rudi de Souza

Ontem, pela primeira vez, fiquei mais de três horas conversando com aquela pessoa, sobre quem eu comentei no texto anterior, e digo com todas as letras: foi-muito-bom. Há tempos alguém não despertava em mim a docilidade, a juventude, a fantasia, o abraço mais terno, o frio na barriga, o silêncio mais demorado. Espero, de todo coração, que a coisa continue e que não termine.
Abraços a todos e feliz dia!

Fiquei bastante tempo sem dar as caras. A vida moderna é assim, há tantos brinquedos que nos cansamos de um e vamos para o outro e, assim, até que voltemos ao primeiro leva um tempão. O pior de tudo é que a coisa vai cansando. Tudo é muita canseira.
Hoje alguém me procurou para que eu o aceitasse no meu Orkut. Entrei na página do dito cujo e fiquei espantado, parece que já o conhecia há tempos. Por causa de nossas afinidades eletivas. Vamos ver se a coisa terá progresso depois de eu o ter inserido no meu círculo de amigos.
Preciso fazer coisas agora, sair para a rua, falar com pessoas... mas eu não estou com vontade... O pior é que, ainda que não queira, preciso.
A vida segue envelhecendo e com ela vem vindo umas coisas bem esquisitas.

Hoje eu acordei cedo e o calor paulistano parece que baixou. Assim será melhor para caminhar no dia de hoje. E ver as pessoas que preciso encontrar. Um passarinho cantou na minha janela e agora ouço, ao longe, um papagaio incompreensível. A batida de água no chão. O barulho do caminhão. O toque do martelo da construção. E o som do silêncio. A vida, ao que percebo, está.